Senhora Presidente da Assembleia da
República,
Excelência!
Todo o protocolo observado!
Excelências, nós não pagamos, nem pagaremos!
Não vamos pagar uma dívida oculta, odiosa e criminosa.
Oculta, porque contraída à revelia
de quem devia autorizá-la, a Assembleia da República; Odiosa, porque é a causa principal do elevado custo de vida que
sujeitaram aos moçambicanos; Criminosa,
porque a sua contração visava objectivos obscuros e egoístas para a satisfação
de desejos sórdidos de gente má e inimiga da pátria.
Excelências, em nome do povo que representamos, em
nome da ética, da dignidade, da legalidade e dos mais altos interesses deste
país é proibido pagar esta dívida!
Por isso, a informação que queremos ouvir é esta:
Havendo evidências de que a dívida da Ematum, da Proindicus e da MAM, pertence
e é património inalienável dessas mesmas instituições feitas para delinquir e
ludubriar o povo moçambicano e a comunidade internacional, num concurso de
gente cá de dentro, claramente identificada e uma parte já detida pelas
autoridades, outra de lá fora, também em parte,
já identificada e detida, como pensa o governo moçambicano, lidar com essa falcatrua?
Senhores governantes, se há indícios bastantes de
que a dívida ilegal e criminosa, da Proindicus,
da Ematum e da MAM, foi contraída para delinquir e que ela resulta da vontade
manifesta e criminosa de banqueiros que aproveitando-se de tendências também
delinquentes de pessoas que, na altura dos factos, se tinham assenhoriado,
indevidamente, do poder de decidir por nós, porque teima o governo em negociar
e renogociar essa dívida criminosa, dando como garantia o gás que nem vos
pertence?
Por acaso, Moçambique negoceia por criminosos?
Negoceia produtos do crime? Há-de um governo sério tomar parte em negociatas de
bandidos?
Excelências, não contem connosco, nem com o nosso povo
para essas empreitadas de roubo, ganância e delinquência comprovadas.
Não são conhecidos os bancos que delinquiram? São
conhecidos. Não são conhecidos os que se beneficiaram dessas falcatruas? São
conhecidos. Agora, onde entra o povo moçambicano nisso?
O que pedimos é apenas isto: Que cada um pague as suas
dívidas. Banqueiros da Banca internacional em conluio com empresários duvidosos
de Moçambique, urdiram um esquema para ludubriar pacatos investidores,
contrairam empréstimos para benefício próprio, então, uma vez conhecidos,
identificados e presos, devem arcar com as consequências, devem pagar o que
devem e ressarcir as vítimas, apenas isso!
Agora, pagar dívidas alheias é o que não pode
acontecer!
Sua Excelência Senhora Presidente da Assembleia da
República, com todo o respeito e todo o protocolo observado, para o bom-nome
dessa Magna Casa e a bem da nação, desencadeie já e imediatamente, os
procedimentos para a anulação da resolução que, contra todos e tudo, inscreveu,
nos nossos livros sagrados, a dívida oculta, odiosa e criminosa.
Sua Excelência Senhor Primeiro Ministro, dizer que o
governo não tem estado a pagar as dividas é diferente de dizer que o governo
não vai pagar. Ora. O que queremos é que se anuncie já e imediatamente, ao povo
moçambicano, que já não há dívida oculta por pagar, que moçambique jamais
será palco de tiranos e ladrões.
Neste Sentido quero congratular a todos aqueles que à
semelhança do MDM e do Seu presidente, o Engenheiro Daviz Simango, se opuseram
e se opõem ao pagamento da dívida oculta pelo povo. E quero convidar a todo o
povo moçambicano para continuarmos a luta contra os que vivem à custa do nosso
sangue, até a vitória final.
Por um Moçambique para Todos e pela atenção
dispensada, o meu muito obrigado!
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