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CONTRA MARÉS E CICLONES O MDM TRILHA E BRILHA. É A ALTERNATIVA CONFIÁVEL PARA OS MOÇAMBICANOS






BANCADA PARLAMENTAR
DISCURSO DE ENCERRAMENTO DA 6ª SESSÃO DA 8ª LEGISLATURA

21 de Dezembro de 2017

SENHORA PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA,
SENHOR PRIMEIRO-MINISTRO DO GOVERNO DE MOÇAMBIQUE,
SENHORES MEMBROS DA COMISSÃO PERMANENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA,
SENHORAS E SENHORES DEPUTADOS,
SENHORES MINISTROS,
SENHORES VICE-MINISTROS,
DIGNÍSSIMAS AUTORIDADES CIVÍS, MILITARES E RELIGIOSAS,
SENHORES MEMBROS DIRIGENTES DOS ÓRGÃOS JUDICIAIS DE MOÇAMBIQUE,
SENHOR PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL DA CIDADE DE MAPUTO,
SENHORA GOVERNADORA DA CIDADE DE MAPUTO,
SENHORES REPRESENTANTES DE PARTIDOS POLÍTICOS,
SENHORES MEMBROS DO CORPO DIPLOMÁTICO,
SENHORES MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL,
CAROS CONVIDADOS,
MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES,

EXCELÊNCIAS,

Ao iniciarmos a nossa intervenção nesta sessão solene do encerramento da oitava sessão queremos saudar à todos membros e simpatizantes do Movimento Democrático de Moçambique pelo sucesso da realização do II Congresso do nosso partido, que decorreu na cidade de Nampula nos dias 5 à 8 de Dezembro corrente.
A realização do II Congresso foi uma contribuição para a consolidação da cidadania moçambicana; um aprofundamento e fortalecimento da democracia interna do MDM, condição necessária do engajamento na construção de um Estado de Direito, e de uma sociedade moçambicana mais inclusiva.
Contra os “ventos e ciclones” dos que sempre nos desejaram mal, reafirmamos, aos olhos do mundo, que temos uma palavra a dizer neste país. Aqui Estamos!
O MDM, fundado em 2009, tem mantido a tradição de funcionamento dos seus órgãos, e com 8 anos de existência, já realizou dois Congressos, governa territórios, está presente na maioria das Assembleias Municipais, está nas Assembleias Provinciais, e renovou o seu mandato na Assembleia da República. O crescimento do Partido é notório e a demanda da sociedade em relação ao MDM é uma realidade.
Os órgãos eleitos tem a responsabilidade de conduzir o Partido para os próximos anos.
Os membros e militantes do MDM têm plena consciência da campanha de diabolização contra os sucessos que alcançamos nestes primeiros anos de existência, sucessos jamais alcançados por qualquer outra formação política na nossa recente história política.
Aqui estamos, Senhoras e Senhores, porque somos consequentes e consistentes na nossa luta. As investidas politicas contra a nossa existência fortalecem-nos e mobilizam-nos para uma maior coesão e união interna. Aqui estamos, porque jamais perdemos o nosso foco. Continuamos a focalizar nos nossos objectivos na nossa agenda política nacional, consolidando cada vez mais o MDM para que possa materializar a sua missão, fundado na aspiração duma sociedade mais justa, onde os seres humanos se tratam com fraternidade, harmonia e bem-estar social. A nossa missão, resume-se numa nobre frase: Moçambique para Todos.
Bem-haja o II Congresso do MDM.                                                         

Excelências,
No momento derradeiro desta sessão, mais uma vez, a Assembleia da República adiou o debate do Projecto Lei atinente à Orgânica do Referêndum. O adiamento deste debate tem como consequência impedir a criação de um mecanismo legal e democrático de consulta popular.
O Povo tem que ser consultado sobre as grandes questões. A marginalização das grandes questões e a incapacidade do Governo em agir em conformidade com a lei; com a ética política e a moralidade, cria condições para que o Estado seja hoje manipulado e capturado pelos mal-intencionados. A ausência de um mecanismo legal de consulta popular só fortalece políticas de imposição e instala a repressão e alimenta a violência.
O país já tem muitos assuntos que requerem a consulta popular. Estamos a falar das dívidas ocultas. O povo nada deve pagar do seu suor sem que haja algum benefício positivo e visível na sua vida. É imperativo que os responsáveis da engenheira financeira que culminou com esta dívida devolvam os valores.
Temos a questão do modelo do nosso Estado ou sistema de governação. Se esta magna casa não consegue dar um passo para uma revisão da Constituição da República, então que seja consultado o povo.
O último exemplo que podemos dar sobre a necessidade de consulta popular e a questão da gestão da nossa Cahora Bassa, que recentemente foi proclamada como sendo a segunda independência nacional. Uma parte das suas acções, na ordem de 7,5%, esta sendo posta em hasta pública. A quem irá beneficiar esta medida unilateral?
A existência de uma Lei que regula o mecanismo de consulta popular, torna-se, nos nossos dias, um imperativo nacional. É o povo que deve ter a consciência da sua soberania e poder de decisão!

Excelências,
As incertezas para nossa economia ganham campo, tendo em conta que as pequenas e médias empresas de todos ramos, do sector familiar e do empresariado nacional em geral, continuam a ser marginalizados e cada vez mais penalizados pela política fiscal e ausência de uma política financeira para sectores produtivos. Estas incertezas afectam em cadeia toda a sociedade moçambicana e agudizam os conflitos sociais. Como consequência, a pobreza generalizada que o nosso povo enfrenta, que está sendo superiormente planificada pelo governo do dia, torna-se no bloqueio principal do progresso.
A estabilização da moeda deve resultar da realidade do mercado nacional, das trocas comerciais, das poupanças das famílias, do poder de compra e do volume de circulação da moeda. A inflação monetária quando é controlada a remoto, é imposta, os cidadãos honestos e trabalhadores tornam se vítimas das sevícias dos corruptos.
A política financeira do Governo do dia assenta em juros bancários elevadíssimos e sem um horizonte de financiar sector agropecuário de forma integrada. O serviço das dívidas interna e externa tem dado indícios fortes de incapacidade do seu cumprimento. Estamos a falar das dívidas não autorizadas e o incumprimento do reembolso dos valores do IVA às Empresas.
Os efeitos das dívidas não autorizadas mexem com toda a sociedade e a estrutura financeira do país, incluindo as relações com a comunidade internacional, pelo que devemos aprender com os ventos de Zimbabwe e Angola.
Não se pode aceitar dívidas alheias!
O Plano Económico Social e o respectivo Orçamento do Estado para o ano 2018, não representam nenhuma estratégia de resgatar o orgulho nacional, tornar a economia moçambicana produtiva, geradora de riquezas, de oportunidades e empregos. O plano que esta Assembleia aprovou para 2018 está orientado para colectar impostos para a amortização das dívidas ocultas e apertar os cintos dos cidadãos.
As transferências aos Municípios em cumprimento das obrigações fiscais por parte do governo não acontecem, são exemplo disto Fundo de Estradas que já leva anos e em alguns casos desde 2015 não é feita; no caso do Fundo de Investimento Autárquica alguns só receberam apenas dois meses no lugar dos doze meses do ano, esta situação mostra o desinteresse do Governo na descentralização e mina o desenvolvimento do país, afinal quem esta a usar este dinheiro consignado e colectado para os cofres do Estado que devia ser canalizado aos Municípios. 
A estratégia de exploração dos recursos naturais e as riquezas em geral deve ser na base de uma Politica Nacional envolvente.
Por ausência desta política nacional, assiste-se a desmandos na exploração de muitos destes recursos; com os nossos concidadãos a serem mortos e uma presença significativa de intermediários ilegais e de estrangeiros na transação financeira destes recursos, criando prejuízos na economia nacional e desenvolvimento local.
Num processo de Partilha e Inclusão Económica, os recursos deviam tornar-se no verdadeiro motor de desenvolvimento humano e capital social. As populações nas zonas de exploração destes recursos não podem ser postas à margem, muito menos excluídas. Urge revisitar os procedimentos e os métodos de engajamento das populações locais para que possam sentir-se parte integrante do processo.
Excelências,
Continuamos a manifestar a nossa preocupação sobre a situação de Mocímboa de Praia. O fenómeno deve ser estudado com profundidade e as soluções devem ser integradas, com medidas socioeconómicas. A triangulação Estado, Investidores e População deve ser estabelecida, sendo o Estado o centro da autoridade e manutenção da ordem e tranquilidade. Soluções militares e paramilitares por si só, alimentarão outros focos de descontentamentos, clima de violação dos direitos humanos e um ambiente de caos.
O nosso desejo é que seja eliminado o viveiro deste foco militarizado, pois o nosso povo merece a paz real, estabilidade social e liberdade de circulação para sonhar livremente o futuro e construir o amanhã para as novas gerações

Senhora Presidente da Assembleia da Republica,
Senhor Primeiro Ministro,
Caros Deputados,
Caros Convidados,

Foi criado ao longo do presente ano de 2017 uma enorme expectativa no processo do Diálogo Político conducente a uma paz efectiva. O ano termina e a expectativa está defraudada! Reiteramos a nossa disposição para um Diálogo Nacional mais inclusivo, que permitirá que todos nós possamos caminhar na mesma direcção; para um ponto convergente. Todos almejamos um Moçambique forte, unido e a progredir. Ninguém é mais moçambicano do que outro. As nossas percepções ideológicas ou de posição não devem servir de obstáculo ao desenvolvimento de uma verdadeira plataforma do Diálogo Nacional Inclusivo.
A legitimidade democrática num Estado de Direito não se compadece com a ditadura, e nem com a violência armada. Quando há turbulências políticas, todos os actores políticos e sociais, têm a obrigação de salvar a nação.
A co-responsabilidade desta missão deve partir desta magna casa, em assumirmos as responsabilidades de ser o centro, por excelência, do debate político e legislador. É na base deste pressuposto que temos defendido, reiteradamente, que é na Sede da Revisão da Constituição da República que devemos reinventar o Estado Moçambicano e garantir a Paz efectiva.
Esta nossa convicção é partilhada pela maioria dos moçambicanos.
O processo da revisão da constituição tem que iniciar. O nosso povo tem que ter uma palavra a dizer, e os procedimentos devem ser respeitados. Temos consciência do “timing”; pois cada dia que passa sem que se dê um passo na Revisão da Constituição, fica adiado o Estado Ideal.
Embora saibamos que a pressa é inimiga da perfeição, fazemos votos para que a pausa do conflito militar alcançado continuem a produzir benefícios sustentáveis em matéria de estabilidade, e que a revisão da legislação-mãe esteja para breve.

Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Os desafios de Moçambique são enormes.
O resgate da paz efectiva; a implementação de uma reconciliação nacional efectiva; a promoção de um diálogo nacional inclusivo; o estabelecimento de estratégias e políticas de gestão e exploração dos recursos naturais de forma sustentável, e a partilha de economia inclusiva, preparando a juventude no respeito pelos valores da democracia e liberdade, e o direito ao primeiro emprego e habitação, são os desafios que este país tem pela frente. É nestes desafios que devíamos, todos, virar as nossas atenções, à bem de Moçambique e dos moçambicanos.
Excelências,
Os munícipes de Nampula, no dia 24 de Janeiro de 2018, serão chamados para participar nas eleições intercalares, a fim de eleger o Presidente Municipal da cidade de Nampula.
Exortamos a participação dos munícipes para a manutenção e continuidade da boa governação, colocando a cidade de Nampula no mapa mundial como cidade de referência. Sob gestão do MDM, à olhos vistos, Nampula deu passos significativos e gigantescos. Neste momento histórico, os munícipes serão chamados a votarem entre duas opções: regressar ao passado, ou continuar a progredir numa Nampula que brilha para todos.
O candidato Carlos Saide é o homem certo para manter o brilho da cidade de Nampula.
Excelências,
Terminamos esta sessão num momento em que o nosso povo, com todas carências, prepara-se para mais um natal, festas do fim ano e passagem para o novo ano, e em fé renovar a esperança de uma vida melhor.
O nosso povo lutador e sobrevivente, sacrificado e paciente, não se faz desmoronar. Deste pódio, queremos dirigir uma palavra especial de reconhecimento a todos moçambicanos e moçambicanas, com votos de sucessos para o ano de 2018, que seja um ano de determinação para vencer.
Queremos desejar feliz natal e boas festas aos funcionários da Assembleia da República e das Bancadas Parlamentares, aos membros do corpo da segurança e protecção, aos membros dos órgãos de comunicação social e aos nossos caros convidados aqui presentes.
Aos meus pares, juntamente com as vossas famílias, quero desejar-vos um feliz natal e um bom ano de 2018.
Aos moçambicanos a razão da nossa existência, continuem com MDM que é a nossa esperança, e continuaremos a nossa luta democrática para que o País não saia dum de firme para resiliência, mas sim a construção de uma sociedade inclusiva e de partilha económica, desejamos a todos festas felizes.
Finalmente, resta-me agradecer a atenção dispensada.

Moçambique para Todos!

Muito Obrigado.

Lutero Chimbirombiro Simango.

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